Durante o fim do ano de 2011 e meados do início de 2012, o Brasil e o mundo se deparou com um “hit” musical contagiante. A música “Ai se eu te pego”, que fez sucesso na voz de Michel Teló, e se destacou pelo seu ritmo e letra envolvente. Mas, no ponto de vista mercadológico, o artista se consagrou pela Voz? Música? Ou propaganda? Difícil decifrar, mas vamos lá! Algo que alguns chamam de psicológico social ou psicossocial, é o comportamento das pessoas perante a sociedade e meios culturais, este, na realidade foi o grande responsável pelo sucesso do cantor, ou seja, as pessoas agem com um comportamento diferenciado para se promover socialmente, pois até quem não gosta do estilo musical, tentou/tenta aderir. Mas para quê e porque aderir a um movimento de pessoas que dançam a mesma coisa, curte a mesma música sem que haja um feeling entre a música e quem a está ouvindo? Nesse caso, pelo fato do estilo de pessoas (personalidade), a música e os ouvintes do estilo musical, tem um perfil social e público muito forte, isso na verdade é integralização de pessoas e inclusão social. As pessoas querem se promover de alguma forma, além de ficar por dentro das badalações. Lembro-me do tempo de escola, quando estudava no ensino fundamental, e me achava útil para as pessoas só no dia das provas, não deixava de ser uma maneira de me promover, porém era uma promoção irrisória para mim, além de ser involuntária. E nisso, existiam as conquistas afetivas, bem como, turminha de conversas, intrigas, passeios no shopping... Enfim, o que acontece é que o comportamento individual é moldado pelo comportamento coletivo, através de necessidades durante a rotina.
Basicamente as necessidades emocionais impulsionam a fazer o que “terceiros” fazem. Seja uma paixão não correspondida, seja uma amizade dilacerada, ou até mesmo uma exclusão por parte de um grupo social.
Afinal, esse e outros vários “hits” musicais, se tratam de marketing ou modinha? Para que possamos desenvolver melhor o assunto, vamos relacionar marketing e modinha. Marketing é basicamente o estudo de necessidades e desejos do mercado, e modinha, é algo aderente e passageiro. Na realidade a indústria da música brasileira é forte, e procura públicos em massa, gostos diversificados, ritmos que balançam, e é isso que a lei da demanda e oferta fala. Se existe consumo, existe público e se existe público, existe mercado e se tem mercado existente, há a presença do marketing. E além da indústria da música, existe uma integração da música e o visual, chamado de indústria audiovisual, que induz o público gostar mais da figura do artista, e gostando da figura artística, na maioria das vezes o individuo acaba simpatizando com a música e estilo musical. Algo parecido ocorre no ambiente de estudos, na própria sala de aula, os alunos acabam gostando do professor só pelo fato da personalidade do mesmo, e não pelo conteúdo aplicado. E o contrário também é válido, se a matéria é de cálculo... Já se sabe no que vai dar na relação aluno professor. Conseguintemente, uma música “hit” é “modinha”, pois os investimentos em artistas em níveis de alta performance são altos, têm marketing aplicado e de relacionamentos avançados, ou seja, formiga sabe onde corta, e o investimento sabe por onde caminha, o modismo acaba, mas a figura do artista é impactante na memória das pessoas. Diante disso, e com base nisso, é importante ressaltar que o consumismo engloba em forma de “osmose”, o marketing e o modismo, e sem sombra de dúvidas, mais e mais empresários, assim como o marketing de relacionamentos estão a solta dizendo para o consumidor: “AI SE EU TE PEGO”.